terça-feira, 5 de março de 2013

Vergara (Aula Ensino Médio)


Biografia
Carlos Augusto Caminha Vergara dos Santos (Santa Maria RS 1941).Nascido em 29 de novembro. Gravador, fotógrafo e pintor. Na década de 1950, transfere-se para o Rio de Janeiro, e, paralelamente à atividade de analista de laboratório, dedica-se ao artesanato de jóias, que são expostas na 7ª Bienal Internacional de São Paulo em 1963. Nesse mesmo ano, volta-se para o desenho e a pintura, realizando estudos com Iberê Camargo .
Nesse período, produz pinturas figurativas, que revelam afinidades com o expressionismo e a arte pop. Durante a década de 1970, utiliza a fotografia e filmes para estabelecer reflexões sobre a realidade. O carnaval passa a ser também objeto de sua pesquisa. Atua ainda em colaboração com arquitetos, realizando painéis para diversos edifícios, empregando materiais e técnicas do artesanato popular. Em 1972, publica o caderno de desenhos, pela editora Nova Fronteira. Durante os anos 1980, volta à pintura, produzindo quadros abstratos geométricos, nos quais explora, principalmente, tramas de losangos que determinam campos cromáticos. Desde o fim dos anos 1980, emprega pigmentos naturais e minérios, com os quais produz a base para trabalhos em superfícies diversas. Em 1997, realiza a série Monotipias do Pantanal, na qual explora o contato direto com o meio natural, transferindo para a tela texturas de pedras ou folhas, entre outros procedimentos.

Conhecendo vergara:
A afirmação inicial do trabalho de Carlos Vergara prova o quanto 1964 foi divisor de águas na sociedade e na arte brasileira. (...) A marca do mestre (Iberê Camargo) refletia-se na disposição de dissolver a figura em constelações tanto nebulosas quanto rigorosas, densas e emblemáticas, no fio de prumo do abstrato. Mas os desenhos seguintes, entre 1964 e 1965, bastam para nos garantir que Vergara soubera também absorver as peripécias do sublevado ambiente em torno (...). Vergara ao mesmo tempo em que ampliava o arsenal de seus materiais, associando-os ao suporte convencional, tornou mais óbvia a referência ao Brasil. A bandeira, as palmeiras, as bananeiras, o arco-íris, o índio e o verde-amarelo tomaram assento prolongado ali, como indícios de um olhar inquieto e crítico dirigido para um alvo preciso. “Mas, logo adiante, à maneira de projeto, instantâneos da idéia indo e vindo, memória misturada à manobra, os trabalhos, particularmente os desenhos, assumiram rumo conceitual inequívoco”.
"Num país onde boa parte da arte contemporânea se relaciona de modo direto ou indireto, interagindo ou reagindo, com o capítulo construtivista que marcou e ainda marca a sua arte, a pintura que Carlos Vergara vem desenvolvendo desde 1989 produz certa estranheza. Essa diferenciação se realiza pela forma como ele incorpora questões locais. Paradoxalmente, é estranha pelo fato de ser uma pintura brasileira sem se ligar aos estereótipos da província. Quando recusamos os ícones que certa figuração explorou criando imagens exóticas de si mesmo, passamos a admitir o esforço reflexivo dos trabalhos construtivistas e pós-construtivistas de Vergara que parece acreditar que ali no fragmento, no pedaço de parede, pode estar o todo e que esse encontro não pode ser perturbado por uma racionalidade inibidora, mas capturado no instante mesmo da impressão das telas. Atual, o sublime aqui não pressupõe nenhuma transcendência, ao contrário, dirige na penumbra dessas telas o olhar para esse território onde nos encontramos de tal forma mergulhados que não o vemos".
"(...) A obra atual de Vergara faz dele um dos mais inquietos artistas de sua geração. Recusando-se a restringir-se ao mero prazer de um formalismo esteticista, ele vai mais fundo em sua busca formal, ao traduzir através dela, com  talento e originalidade, uma vontade de transformação que faz do próprio ato de pintar um gesto contínuo de prazer, expressão de um processo natural que emana da vida.
Como quem  respira, ele arranca à própria vida a força de unir esse gesto à natureza, de onde extrai seus pigmentos de cor e uma energia que age como um halo que perpassa suas telas e que nelas une forma, cor, luz, calor, matéria, ação e inação.
Se revela um pintor à procura de uma brasilidade reconhecível no que poderia haver de mais brasileiro, a terra, o pigmento da terra, a cor da terra. A textura que vem dessa terra, com que ele pinta como quem extrai das entranhas da natureza o mineral mais precioso, constrói uma impressionante gama de cores terrosas que acrescenta uma notável dose de dramaticidade à sua obra.
Essa carga dramática é a chave para se explicar seu lado barroco, esse claro-escuro que atravessa suas pinturas e as torna barrocas, não só pelo sentido religioso com que elas acabam por impregnar-se, mas também quando ele apela para os sentidos como um chamamento imperioso. Isso se vê, por exemplo, nas grandes monotipias, que ele imprime como num ato lúdico, jogando com o pigmento, a cor e a textura que vêm dessa terra, para construir uma nova forma de expressão que faz da própria pintura um gesto de interpretação da vida. “Correndo como um veio poderoso por suas obras, esse gesto a elas se incorpora como força material, uma força vital”.

Material : Telas; Pigmentos; Pincéis; Força vital


Significado de Halo
Círculo de luz. A palavra vem do termo grego que significa disco.

Na arte e na religião, o halo é uma auréola de luz que aparece acima da cabeça de uma pessoa santificada. São poucos os quadros de Cristo ou de santos, pintados após o séc. V, que não mostram um círculo brilhante ao redor de suas cabeças.


O Figurativismo, também conhecido como arte figurativa é um termo usado para descrever as manifestações artísticas que representam com realismo a natureza, a forma humana e os objetos criados pelo homem.[1] Ela pode ser realista ou estilizada, desde que haja o reconhecimento daquilo que foi desenhado.

O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, “expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores irreais, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento.

 “pop art” 1950. Essa expressão, oriunda do inglês, significa “arte popular”. Ao contrário do que parece, essa arte popular que define tal movimento não tem nada a ver com uma arte produzida pelas camadas populares. O “pop art” enquanto movimento abraça as diversas manifestações da cultura de massa, da cultura feita para as multidões e produzida pelos grandes veículos de comunicação.
Ao envolver elementos gerados pela sociedade industrial, a “pop art” realiza um duplo movimento capaz de nos revelar a riqueza de sua própria existência. Por um lado, ela expõe traços de uma sociedade marcada pela industrialização, pela repetição e a criação de símbolos instantâneos. Por outro, questiona os limites do fazer artístico ao evitar um pensamento autonomista e abranger os fenômenos de seu tempo para então conceber suas criações próprias.
O movimento “pop art” apareceu em um momento histórico marcado pelas grandes sociedades industriais outrora afetadas pelos efeitos da Segunda Guerra Mundial.

Campos cromáticos:
“Cor é vida, porque um mundo sem cor parece morto.”
“Como uma chama produz luz, a luz produz cor”

Desenhar desenvolve as capacidades de percepção, comunicação e criatividade,formando assim um grande campo cromático.


Significado de Sublevado
Que se sublevou; revoltado, amotinado. sm Aquele que se manifesta, com muitos outros, agindo contra um estado de coisas.

Significado de Inequívoco
adj. Em que não há equívoco, que não deixa dúvidas; claro, evidente.




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